sábado, 24 de agosto de 2013

Texto achado no fundo do meu armário:

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"Garota, eu ainda me lembro de tudo o que aconteceu,e vejo você aí na sarjeta,
lembro de como era a tua vida antes de tudo virar breu,
e agora tu chuta outra lata de cerveja.
Não adianta chorar, esconder teus temores,
seus sonhos foram destruídos, não os horrores.
Vá lá enfrenta-os, eles não podem te dominar,
eles não podem toda a tua vida ditar.
Limpe teu rosto e seque as lágrimas,
rasgue o resto da tua meia-calça,
limpe o teu coturno com água
e respire de encher a alma.
Não importa quantas vezes, faça tudo novamente.
Quer vingança e você terá,
só basta acreditar.
E não se esqueça, sempre tente."

terça-feira, 9 de julho de 2013

Escola x Faculdade

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Bem, me fizeram uma pergunta no ask, comecei a pensar, pensar, pensar e decidi fazer um post sobre isto. Enquanto cursava o meu Ensino Médio, realmente não possuía nenhum contato com o mundo acadêmico, não tinha nem noção de como funcionava a universidade. Bem, estou, agora, no 6º semestre e escrevo isto com o objetivo de ajudá-los a entender como que a banda toca. Tudo o que irei falar é baseado nas minhas experiências e nas de meus amigos. 

Ensino Médio: 
  • Os professores se preocupam com você, com a sua nota;
  • Há trabalhos para recuperar a nota;
  • As provas não tem peso muito grande;
  • Gasta no máximo 3 reais no xerox, quando gasta;
  • Trabalhos se resumem a 2 folhas;
  • A pior coisa era fazer cartaz;
  • Não pode sair quando quer;
  • Se chega mais de 5 minutos atrasado leva bilhete;
  • Há várias matérias por dia, já cheguei a ter 5 em uma manhã;
  • Tudo é incrivelmente barato, tu lancha com 3 reais tranquilamente;
  • A sua maior preocupação é o vestibular;
  • De tarde pode sair com as amigas, juntar para assistir filme, etc;
  • Grêmio Estudantil, normalmente, somente organiza datas especiais na escola;
  • Tem os mesmos colegas por ANOS;
  • Se tu roda em uma matéria, tu só repete um ano inteiro;
  • Há conselhos de classe e líderes de turma;
  • É gratuito;
  • Não precisa trabalhar;
  • É dividido em trimestres que são ligados entre si;
  • Só precisa de 50 pontos para passar;

Faculdade: 

  • Os professores estão pouco se fudendo para a sua nota; 
  • Raramente há trabalhos para recuperação de nota;
  • Onde estudo, em uma matéria normal de 4 créditos (uma noite cada semana do semestre), a pontuação é dividida em 20 + 30 + 50, onde as duas primeiras podem ser provas e/ou trabalhos e a última nota é obrigatoriamente uma prova.
  • Trabalhos são de 40 páginas;
  • Pode chegar e sair a hora que quiser, porém a matéria e a nota são de sua inteira responsabilidade;
  • Tu pode escolher quais matérias cursar e quantas cursar por semestre, sendo uma por noite;
  • Tudo é incrivelmente caro, nunca saia de casa com menos de 10 reais na carteira;
  • A sua maior preocupação é não reprovar naquela matéria fudida;
  • De tarde/manhã/noite/madrugada tu vai estudar, sair é um dia no final de semana no início do semestre;
  • DCE serve para xerox, realizar protestos e festas;
  • Cada matéria tu tem colegas novos, manje da arte de fazer amigos;
  • Se tu roda na matéria, tu só repete aquela matéria;
  • Cada curso tem um Centro Acadêmico ou Diretório Acadêmico e ainda tem o Colegiado do Curso;
  • Na maioria dos casos, não é gratuito e tu paga uma fortuna, se eu não fosse bolsista, pagaria cerca de 1500 reais;
  • É dividido em semestre e não são ligados entre si, salvo se é necessário cursar uma matéria para poder cursar outra, como é necessário Pré-Cálculo para Cálculo I, este para Cálculo II e este para Cálculo III;
  • Tu precisa de horas extracurriculares para se formar, no meu caso são 200 horas;
  • Sempre haverá bares próximos a sua faculdade;
  • Cursos da área das exatas tem formação humanística complementar;
  • Até agora, a única matéria do EM que não utilizei na universidade foi Educação Física;
  • No início da  faculdade já comece a pensar em intercâmbio, mestrado, etc, tenha tudo 'planejado';
  • Tu realmente faz muitos amigos nesta época e a maioria não cursam o mesmo curso que você;
Acho que era isto. Se lembrar de mais alguma coisa, postarei nos comentário. Abraços

terça-feira, 11 de junho de 2013

Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar

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Por Andre Borges Lopes
AOS QUE AINDA SABEM SONHAR
"O fundamental não é lutar pelo direito de fumar maconha em paz na sala da sua casa. O fundamental não é o direito de andar vestida como uma vadia sem ser agredida por machos boçais que acham que têm esse direito porque você está "disponível". O fundamental não é garantir a opção de um aborto assistido para as mulheres que foram vítimas de estupro ou que correm risco de vida. O fundamental não é impedir que a internação compulsória de usuários de drogas se transforme em ferramenta de uma política de higienismo social e eliminação estética do que enfeia a cidade. O fundamental não é lutar contra a venda da pena de morte e da redução da maioridade penal como soluções finais para a violência. O fundamental não é esculachar os torturadores impunes da ditadura. O fundamental não é garantir aos indígenas remanescentes o direito à demarcação das suas reservas de terras. O fundamental não é o aumento de 20 centavos num transporte público que fica a cada dia mais lotado e precário.
O fundamental é que estamos vivendo uma brutal ofensiva do pensamento conservador, que coloca em risco muitas décadas de conquistas civilizatórias da sociedade brasileira.
O fundamental é que sob o manto protetor do "crescimento com redução das desigualdades" fermenta um modelo social que reproduz – agora em escala socialmente ampliada – o que há de pior na sociedade de consumo, individualista ao extremo, competitiva, ostentatória e sem nenhum espaço para a solidariedade.
O fundamental é que a modesta redução da nossa brutal desigualdade social ainda não veio acompanhada por uma esperada redução da violência e da criminalidade, muito pelo contrário. E não há projeto nacional de combate à violência que fuja do discurso meramente repressivo ou da elegia à truculência policial.
O fundamental é que a democratização do acesso ao ensino básico e à universidade por vezes deixam de ser um instrumento de iluminação e arejamento dos indivíduos e da própria sociedade, e são reduzidos a uma promessa de escada para a ascensão social via títulos e diplomas, ao som de sertanejo universitário.
O fundamental é que os políticos e grandes partidos antigamente ditos "libertários" e "de esquerda" hoje abriram mão de disputar ideologicamente os corações e mentes dos jovens e dos novos "incluídos sociais" e se contentam em garantir a fidelidade dos seus votos nas urnas, a cada dois anos.
O fundamental é que os políticos e grandes partidos antigamente ditos "sociais-democratas" já não tem nada a oferecer à juventude além de um neo-udenismo moralista que flerta desavergonhadamente com o autoritarismo e o fascismo mais desbragados.
O fundamental é que a promessa da militância verde e ecológica vai aos poucos rendendo-se aos balcões de negócio da velha política partidária ou ao marketing politicamente correto das grandes corporações.
O fundamental é que os sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis estão entregues a um processo de burocratização, aparelhamento e defesa de interesses paroquiais que os torna refratários a uma participação dinâmica, entusiasmada e libertária.
O fundamental é que temos em São Paulo um governo estadual que é francamente conservador e repressivo, ao lado de um governo federal que é supostamente "progressista de coalizão". Mas entre a causa da liberação da maconha e defesa da internação compulsória, ambos escolhem a internação. Entre as prostitutas e a hipocrisia, ambos ficam com a hipocrisia. Entre os índios e os agronegócio, ambos aliam-se aos ruralistas. Entre a velha imprensa embolorada e a efervescência libertária da Internet, ambos namoram com a velha mídia. Entre o estado laico e os votos da bancada evangélica, ambos contemporizam com o Malafaia. Entre Jean Willys e Feliciano, ambos ficam em cima do muro, calculando quem pode lhes render mais votos.
O fundamental é que o temor covarde em expor à luz os crimes e julgar os aqueles agentes de estado que torturaram e mataram durante da ditadura acabou conferindo legitimidade a auto-anistia imposta pelos militares, muitos dos quais hoje se orgulham publicamente dos seus crimes bárbaros – o que nos leva a crer que voltarão a cometê-los se lhes for dada nova oportunidade.
O fundamental é que vivemos numa sociedade que (para usar dois termos anacrônicos) vai ficando cada vez mais bunda-mole e careta. Assustadoramente careta na política, nos costumes e nas liberdades individuais se comparada com os sonhos libertários dos anos 1960, ou mesmo com as esperanças democráticas dos anos 1980. Vivemos uma grande ofensiva do coxismo: conservador nas ideias, conformado no dia-a-dia, revoltadinho no trânsito engarrafado e no teclado do Facebook.
O fundamental é que nenhum grupo político no poder ou fora dele tem hoje qualquer nível mínimo de interlocução com uma parte enorme da molecada – seja nas universidades ou nas periferias – que não se conforma com a falta de perspectivas minimamente interessantes dentro dessa sociedade cada vez mais bundona, careta e medíocre.
Os mesmos indignados que se esgoelam no mundo virtual clamando que a juventude e os estudantes "se levantem" contra o governo e a inação da sociedade, são os primeiros a pedir que a tropa de choque baixe a borracha nos "vagabundos" quando eles fecham a 23 de Maio e atrapalham o deslocamento dos seus SUVs rumo à happy-hour nos Jardins.
Acuados, os políticos "de esquerda" se horrorizam com as cenas de sacos de lixo pegando fogo no meio da rua e se apressam a condenar na TV os atos de "vandalismo", pois morrem de medo que essas fogueiras causem pavor em uma classe média cada vez mais conservadora e isso possa lhes custar preciosos votos na próxima eleição.
Enquanto isso a molecada, no seu saudável inconformismo, vai para as ruas defender – FUNDAMENTALMENTE – o seu direito de sonhar com um mundo diferente. Um mundo onde o ensino, os trens e os ônibus sejam de qualidade e gratuitos para quem deles precisa. Onde os cidadãos tenham autonomia de decidir sobre o que devem e o que não devem fumar ou beber. Onde os índios possam nos mostrar que existem outros modos de vida possíveis nesse planeta, fora da lógica do agribusiness e das safras recordes. Onde crenças e religião sejam assunto de foro íntimo, e não políticas de Estado. Onde cada um possa decidir livremente com quem prefere trepar, casar e compartilhar (ou não) a criação dos filhos. Onde o conceito de Democracia não se resuma à obrigação de digitar meia dúzia de números nas urnas eletrônicas a cada dois anos.
Sempre vai haver quem prefira como modelo de estudante exemplar aquele sujeito valoroso que trabalha na firma das 8 da manhã às 6 da tarde, pega sem reclamar o metrô lotado, encara mais quatro horas de aulas meia-boca numa sala cheia de alunos sonolentos em busca de um canudo de papel, volta para casa dos pais tarde da noite para jantar, dormir e sonhar com um cargo de gerente e um apartamento com varanda gourmet.
Não é meu caso. Não tenho nem sombra de dúvida de que prefiro esses inconformados que atrapalham o trânsito e jogam pedra na polícia. Ainda que eles nos pareçam filhinhos-de-papai, ingênuos em seus sonhos, utópicos em suas propostas, politicamente manobráveis em suas reivindicações, irresponsavelmente seduzidos pelos provocadores de sempre.
Desde a Antiguidade, esses jovens ingênuos e irresponsáveis são o sal da terra, a luz do sol que impede que a humanidade apodreça no bolor da mediocridade, na inércia do conformismo, na falta de sentido do consumismo ostentatório, nas milenares pilantragens travestidas de iluminação espiritual.
Esses moleques que tomam as ruas e dão a cara para bater incomodam porque quebram vidros, depredam ônibus e paralisam o trânsito. Mas incomodam muito mais porque nos obrigam a olhar para dentro das nossas próprias vidas e, nessa hora, descobrimos que desaprendemos a sonhar."
 Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/jovens-vao-as-ruas-e-nos-mostram-que-desaprendemos-a-sonhar acessado em 11/06/2013

Atualização Semanal #3

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Boa tarde queridos leitores. Eis, aqui, mais uma atualização semanal.
Não consigo me lembrar tudo o que ocorreu semana passada. Creio que o ápice da minha semana acadêmica foi ter passado em Algoritmos. Sim, dos 60 pontos avaliados, tenho os 60 pontos.
Então, tenho 50 pontos das duas avaliações, mais 10 pontos do trabalho da semana passada. 
Outra alegria acadêmica foi ter ido bem na prova de Estágio I, que não consegui estudar, ficando assim, muitíssimo preocupada com ela. 
Bem, sábado teve a festa de aniversário do Pedro e da Thaís, ajudei a organizar e comprar as coisas, o resultado final, foi antes de terminar a festa, estar com febre e totalmente exausta fisicamente. Mas valeu a pena, dei para cada um, uma rosa e para os dois uma garrafa de Amarula. Sem condições de explicar como eu adoro essa dupla ♥
Bem, o relato da semana é este, como se trata de final de semestre, as coisas andam complicadas, mas sei que no final tudo se ajeita :)
Beijos e se cuidem :*

Quando digo quem eu sou, as pessoas me olham.

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              Quando digo quem eu sou, as pessoas me olham.
             Quando digo quem eu sou, muitas pessoas me olham estranho, como se eu fosse um tipo suave de aberração. Quando digo que sou feminista, muitas pessoas me olham como se eu pregasse que o machismo inverso, não, só luto por direitos iguais. Quando digo que sou a favor do casamento LGBT, as pessoas me olham como se eu quisesse destruir a família delas, não, só quero que meus filhos possam se casar com quem eles amam, independente de suas orientações sexuais. Quando digo que sou de movimentos sociais, as pessoas me olham como se eu quisesse saquear e tirar tudo o que elas conquistaram, não, só quero que as pessoas possam ter as três refeições diárias e uma noção de política.

             Quando digo que sou estudante de física, as pessoas me olham como se eu fosse um tipo mais forte de aberração, não, só quero entender como o universo funciona. Quando digo que curso licenciatura, as pessoas me olham como se eu quisesse ser pobre, não, só quero lutar por uma educação mais digna neste país e tentar fazer a diferença como educadora. Quando digo que sou ateia, as pessoas me olham como se eu fosse queimar a primeira igreja que visse pela frente, não, só não acredito no teu deus.
           Quando digo que gosto de rock, as pessoas me olham como se eu fosse uma completa drogada sem rumo, não, só gosto das músicas e elas fazem muito mais sentido que tchetchereretchetche. Quando digo que gosto de assistir Pretty Little Liars, The Vampire Diaries, as pessoas me olham como se eu fosse a garota mais patricinha que elas conhecem, não, ainda não declarei a vocês meu amor por The Big Bang Theory ou Game of Thrones. Quando digo que amo ler, as pessoas me olham como se eu fosse extremamente nerd, não, eu amo ler e leio por diversão. Quando digo que gosto de festas, as pessoas me olham como se eu pegasse geral, não, eu gosto de festas e de me divertir, não de passar o rodo.
                Quando digo que meu melhor amigo é um homem, as pessoas me olham como se nós ficássemos, não, ele é meu amigo, somente isto. Quando digo que sou gaúcha, as pessoas me olham como se eu fosse arrogante, não, o fato de eu ser arrogante, ou não, não tem a ver com o local em que nasci. Quando digo que sou panambiense, as pessoas me olham como se eu vivesse para o trabalho, não, gosto tanto de festa quando qualquer outra pessoa.
               Quando digo que sou mulher, as pessoas me julgam incapacitada para algumas atividades, não, se eu quiser fazer algo, eu me viro. Quando digo que tenho 19 anos, as pessoas me menosprezam por acharem que não tenho experiência de vida, não, tenho 19 anos e ano que vem me formo na faculdade. Quando digo que namorei por mais de 2 anos, as pessoas me olham com se dissessem ‘já iam se casar, que pena’, não, não estava mais dando certo, não iria me casar com alguém que não estava mais aguentando.
               Quando digo quem sou, as pessoas me olham.