sexta-feira, 16 de julho de 2010

Minha divagação sobre religião.

                Não acredito em Deus. Não acredito em Jesus. Não acredito em Maomé. Não acredito em Ala. Não acredito em Zeus. Não acredito em Ganesha, Brahma ou Shiva. Isso me faz atéia? Obviamente que não. Não é porque eu não acredito em nenhum deus personificado que sou ateia. Já disseram que me falta fé. Pelo menos não aceito tudo de olhos vendados, pois não sou obrigada a aceitar isto. Por falar nisso, não é nada fácil agüentar pessoas tentando te converter a todo o momento a torto e a direito. Ainda mais em Panambi, a cidade com o maior número de Igrejas por m²  do Brasil, se não me engano.
                Algo coisa que nunca entendi, é porque o Brasil, como um Estado laico, possui feriados religiosos? Não deveria haver feriados religiosos, pois um ateu não é obrigado a comemorar a Sexta-Feira Santa ou dar presentes no Natal, da mesma for que não necessitamos comemorar o Ano Novo Chinês. Outra, é que nunca entendi também é que porque nas escolas públicas de um Estado LAICO se ensina CRISTIANISMO para as crianças? Onde está o direito de se manter ateias? Agora estas crianças possuem o direito de serem muçulmanas, mas na escola PÚBLICA são obrigadas a freqüentarem aulas de Ensino Religioso, onde se ensina estritamente o cristianismo!
                Só para começar, não sou ateia, o que não me faz cristão também. Tenho um enorme pavor daqueles que possuem a Síndrome DMRÉM (Da Minha Religião É Melhor), não há religião melhor ou pior, onde me consta, todas estão erradas e ao mesmo tempo certas. É uma das coisas mais relativas que já vi na vida.
                Acredito no que Jesus disse, mas não no que os homens dizem sobre ele. Acredito na parte de “amar uns aos outros como se fosse a nós mesmos”. Se eu fosse me enquadrar em uma religião, me enquadraria no pandeísmo, mas não seria totalmente adepta à ele, porque não consigo me imaginar completamente adepta a nada. Acredito que uma força maior criou o Universo, e que deveríamos considerar a natureza um deus, pois dela extraímos absolutamente tudo o que usufruímos.
                Não acredito em um deus cristão, ou algo do tipo, não sinto necessidade de acreditar nisso. Aliás, desprezo o método de salvação empregado por este deus. Se eu fosse ele, eu não diria que salvaria somente as pessoas que me louvassem em todo tempo, e somente as que cressem em minha pessoa. Eu as daria um livre arbitro invejável. Eu diria às elas que elas poderiam fazer o que quisessem desde que não interferissem na vida alheia, aliás poderiam interferir, mas positivamente. Não seria necessário crer em mim, era só preciso fazer o bem as outras pessoas, porém com uma condição: sem buscar recompensa eterna. Assim elas viveriam para o hoje, e não para o amanhã, como muitas vivem.
                Como disse é uma divagação, não pretendia chegar a lugar nenhum com isso, então FIM.

2 comentários:

Anônimo disse...

Interessante teu pensamento, é realmente difícil encontrar pessoas que pensam assim, ainda mais em Panambi. Certa vez eu li sobre um “líder espiritual“, embora não goste do termo, ele tem umas ideias muito desenvolvidas a respeito da vida, mas não concordo com tudo o que ele pensa. Eckhart Tolle o nome dele, ele escreveu alguns livros, o que me interessou foi o “The power of now”, alguns quotes no link: http://www.inner-growth.info/power_of_now_tolle/eckhart_tolle_pon_quotes.htm

C. Almeida disse...

É um pensamento interessante, como o amigo acima já disse. É lógico que não concordo com tudo, mas o deus personificado é um problema totalmente humano. Existem questões muito amplas nisso tudo, é mais uma opinião minha, mas se o ser humano não crê numa divindade objetiva fora do tempo ele acaba crendo numa dentro do tempo, por exemplo o seu umbigo, o seu pensamento, a sua bolsa, o seu celular...vejo como uma questão de transferência de divindade. Não se mata Deus, se transfere o significado de Deus.<< Minha Opinião.