segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A Educação Precisa de Respostas 1

 Oi, hoje venho falar a vocês sobre a Campanha Institucional da RBS (Filiada da Rede Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina) "A Educação Precisa de Respostas", para quem não está por dentro, ou simplesmente não se lembra do vídeo, ele está aqui:
 Bem, primeiramente quero dizer que quando eu assisti, demorei um tempo para cair a ficha que isso era da RBS, sim, a mesma emissora que sempre baixa o cacete para os professores quando fazem greve, que apoiou o governo Yeda no sucateamento da educação estadual gaúcha. E agora diz que a educação precisa de respostas? Bem aqui vão algumas respostas. 
  • Por onde poderemos começar, governo, universidade... Universidade: Como a maioria sabe, eu estudo Física na Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul), uma universidade na teoria comunitária, como a grande maioria das universidades privadas do Rio Grande do Sul, não sabe o que é universidade Comunitária? Segue abaixo um conceito, se você sabe, pode passar adiante, irei salientar algumas partes.
      • A expressão "universidades comunitárias" tem sido bastante usada para designar um conjunto de instituições de ensino superior que não são nem públicas, no sentido restrito de estatais (federais, estaduais ou municipais), nem privadas, no sentido restrito de entidades empresariais que visam lucro. Neste sentido estariam abrigadas sob a designação de comunitárias uma série de universidades privadas sem fins lucrativos, sejam elas laicas ou confessionais. No caso das universidades comunitárias e regionais do Rio Grande do Sul, que além de pertencerem à Abruc, articulam-se entre si através do Comung (Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas, constituído como pessoa jurídica no ano de 1995, congrega atualmente 8 universidades e 2 centros universitários), a construção da identidade se dá pela distinção em relação tanto às universidades particulares com fins lucrativos (ou empresariais) como em relação às universidades confessionais. Ao apresentarem-se como "universidades verdadeiramente comunitárias", as universidades comunitárias gaúchas assumem um caráter mais restritivo para o conceito de instituição comunitária de modo a poder distinguir-se com clareza das universidades confessionais. Segundo documento do Comung (Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas, constituído como pessoa jurídica no ano de 1995, congrega atualmente 8 universidades e 2 centros universitários), as universidades caracterizam-se como comunitárias por sua "origem na vontade e no esforço da comunidade, da articulação e comprometimento com a comunidade regional, da sua inserção na história do povo da região, da sua gestão democrática e transparente, da sua autogestão pela comunidade acadêmica com a participação institucionalizada do poder público e de entidades representativas da sociedade civil nos órgãos colegiados e pela sua política de extensão universitária à comunidade" (COMUNG, 1994, p. 5).
        Na perspectiva assumida no presente trabalho, o que distingue a universidade comunitária das universidades particulares é:
        - a inexistência de fins lucrativos, 
        - a transparência administrativo-financeira, 
        - o controle público das atividades da instituição, 
        - a democracia interna, 
        - a prestação de contas à sociedade e ao poder público, 
        - a ênfase no desenvolvimento da comunidade e da região. 
  • Com os devidos pontos salientados, venho dizer a vocês o que acontece com as universidades comunitárias, a grande maioria delas, estão com imensas dívidas impagáveis com os bancos, salários dos professores estão sendo retidos 20%, ano que vem vou ao 5º semestre e a mensalidade já aumentou 20,42%, sem o repasse da universidade ao DCE, falta de professores, infra-estrutura defasada,  brigas internas, cursos estão sendo fechados a torto e a direito, principalmente as licenciaturas pois não dão lucro, mas "péra" uma universidade comunitária não possui fins lucrativos, visa o desenvolvimento da comunidade e da região, como é que fecha cursos de licenciatura, e não me refiro a um, são física, letras português, filosofia, sociologia, artes visuais, história, geografia, química, para poder abrir odontologia, medicina e engenharia química. Onde este conceito foi parar? A ideia da universidade é que se amplie o núcleo específico das licenciaturas e as especifidades sejam perdidas, e os professores estão encarregados dos projetos, só que neste meio tempo se perde a grande maioria dos professores, mestres e doutores, sem contar que a educação dos alunos é prejudicada com a falta de professores específicos. E com a falta deles, qual é a qualidade dos professores que irão se formar? Como é que é pra se sentirem valorizados, se nem as próprias universidades investem nesses alunos? E quando saem das faculdades, vão receber um salário base de 1200 reais, quem que iria pagar um faculdade para receber isto? Sim, somente os loucos que prezam pela qualidade de ensino do nosso país. A educação neste país só irá melhorar, quando houver uma reforma educacional, uma reforma, onde os currículos escolares sejam feitos pelo povo, onde não seja uma educação de elite feita para o povo, onde seja uma educação popular, onde seja realizadas práticas interdisciplinares, onde o aluno possa permanecer em tempo integral na escola, onde ele possa melhorar a sua própria escola. O currículo das escolas tem que mudar, o currículo necessita dialogar com o povo, dialogar com a sociedade, e de preferência com os movimentos sociais. As teorias de aprendizagem tem que ser resgatadas, os professores não podem passar tudo de uma vez pensando que o aluno irá aprender, o aluno tem que ser sujeito de seu próprio conhecimento, é ele que irá construir o seu conhecimento,  com base em um conhecimento prévio, não o professor, o professor é somente o mediador entre o conhecimento e o aluno. Com isso termino o texto de hoje.

Um comentário:

C. Almeida disse...

"A educação neste país só irá melhorar, quando houver uma reforma educacional, uma reforma, onde os currículos escolares sejam feitos pelo povo, onde não seja uma educação de elite feita para o povo, onde seja uma educação popular, onde seja realizadas práticas interdisciplinares, onde o aluno possa permanecer em tempo integral na escola, onde ele possa melhorar a sua própria escola. O currículo das escolas tem que mudar, o currículo necessita dialogar com o povo, dialogar com a sociedade, e de preferência com os movimentos sociais. As teorias de aprendizagem tem que ser resgatadas, os professores não podem passar tudo de uma vez pensando que o aluno irá aprender, o aluno tem que ser sujeito de seu próprio conhecimento, é ele que irá construir o seu conhecimento, com base em um conhecimento prévio, não o professor, o professor é somente o mediador entre o conhecimento e o aluno"

Ouvi isso na academia, cheguei em sala de aula e constatei a distância disso com a realidade. Temos o peso de uma estrutura que não possibilita nada disso. Nadica. A soberania brasileira termina onde começa os interesses globalistas e isso é o fim da educação. Quanto à escola integra: sou contra e sempre serei, pelo menos enquanto ela estiver sendo pensada nos moldes em que tem sido pensada. Criança tem que brincar e brincar muito. A dimensão lúdica deveria começar em casa, assim como a abertura social, mas isso também está sendo delegado à escola. Um desastre.