segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Yesterdays - Guns n' Roses

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                O tempo passa. Os dias passam. A vida passa. As pessoas mudam. Novas experiências se acumulam formando um novo ‘eu’. Nossas prioridades mudam. Cansamos-nos de certas pessoas. Nossa forma de agir muda. O que aconteceu? Nada. Foi só o tempo que passou. Pelo menos é o que dizem, é o que me dizem.
Jonas e Júlia *o*
                Para onde vai tudo aquilo que um dia foi? Nossa memória não seria o lugar mais confiável. Esquecemos das coisas, das pessoas, dos momentos. Esquecemos que um dia fomos felizes com certo alguém. Esquecemos coisas inesquecíveis. Mudamos de forma incompreensível.
                 Os dias continuam a passar. As horas. Os minutos. Os segundos. Nossa vida muda por completo, diante dos nossos olhos e nem percebemos. Percebemos, sim, quando já mudou. Quando nossos amigos não são mais os mesmos. Quando não freqüentamos mais os mesmos lugares. Quando não nos alegramos mais com as mesmas coisas.
                Então queremos que o tempo volte. O mais incrível é que lutamos contra ele. Queremos que as coisas voltem a ser como eram, mesmo que nós não sejamos mais do jeito que éramos. Percebemos que esta última parte foi em vão. E começamos a nos arrepender de não termos dito o que queríamos. De não ter não ter abraçado quando tivesse dado vontade. De não ter feito várias coisas que amaríamos ter feito. Mas agora só o que nos resta é se arrepender.
                O mundo não precisa ser perfeito, mas ele pode ser perfeito a sua maneira, se algo não aconteceu, talvez não fosse à hora. Não nos arrependamos das coisas feitas, mas sim das que poderiam ter sido realizadas. Não se queixa aos ventos da tua vida, ela é resultado dos teus atos.

Time just fades the pages in my book of memories. Prayers in my pocket and no hand in destiny. I'll keep on movin' along with no time to plan my feet 'cause yesterday's got nothing for me. Old pictures that I'll always see. Some things could be better if we'd all just let them be.”

domingo, 19 de setembro de 2010

Sem Título.

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Quantas vezes já olhei para os lados esperando encontrar alguém que me apóie? Mas quando tento abraçar, só encontro o nada a minha frente. Tateio o vento esperando encontrar a forma maciça de alguma coisa. A escuridão me cega de forma assombrosa. Procuro, então, alguma forma de manter-me em contato com a humanidade. No bolso uma luz vermelha pisca, agarro-a com a alma, como se fosse a minha última esperança, o meu último suspiro de vida. Ligo para o primeiro número que me vêm à cabeça. A ansiedade aumenta e junto com ela, a vontade de correr deste lugar. Nesses momentos, o mundo parece absurdamente pequeno para poder se viver em paz. A ligação cai na caixa postal, o seu telefone está desligado. Tento o número da casa, ocupado. Uma súbita raiva de toda esta parafernália tecnológica invade todo o meu ser. Na terceira tentativa percebo que o saldo está baixo, algo insuficiente para se fazer um contato digno. A raiva só trata de crescer. A minha vontade é a de fugir, me machucar, me livrar deste mundo. Se pudesse, iria até onde me fosse possível, mas, infelizmente, querer não é poder, não neste mundo. Então, paro e percebo como levei uma vida fútil até este momento. Preocupei-me com coisas supérfluas e por causa delas, estraguei meus dias. Percebo quanto tempo passei fazendo coisas que não há necessidade, discutindo com pessoas que poderiam ser ignoradas. Ah, como poderia ter usufruído melhor do meu escasso tempo... Ligo o rádio, para ver se alguém percebeu o que aconteceu. Porém, na primeira emissora está a tocar Anoiteceu em Porto Alegre. Ninguém percebeu nada. Atendo minha vontade e corro para a rua, fecho a porta tão bruscamente que causa um som estrondoso e a tranco. Finalmente na rua, finalmente livre. Começa a chover, mas não tenho a certeza se a água que me molha é a do céu ou a de minhas próprias lágrimas. Raios partem em todas as direções ou são somente os meus pensamentos que se tornaram físicos? Não importa. Continuo a correr, a me molhar e a chorar. Corro, para onde? Não sei. O mundo desaba ao meu redor. Com meus olhos encharcados vejo pessoas em suas casas. Pessoas felizes comendo o seu jantar. Pessoas que nunca vi na vida. Pessoas que nunca verei novamente. E se uma dessas pessoas pudesse ser uma amiga? E se... E se... Cada pessoa tem a sua própria vida, que muitas vezes não interfere nem indiretamente na vida de outras pessoas. Há seis bilhões de pessoas neste mundo, e como quantas estabelecemos contatos? Muitas vezes nem cumprimentamos as pessoas próximas a nós, a balconista, o cobrador. Agora percebo que a vida deles de alguma forma está ligada a minha. Porém, estas pessoas nas janelas... Ah, como quisera fosse eu em uma delas. Como quisera. Sigo em frente o meu percurso, meu percurso até onde? Com exaustão, tombo no chão. Vejo pessoas nas ruas. Pessoas fazendo compras, pessoas fechando as lojas. Pessoas. Só espero que cada uma aproveite bem o tempo que resta de sua vida. A morte poderá vir a cada momento. O que me garante que terei vida no próximo momento? Mas nós temos a capacidade de desperdiçar a vida como se ela fosse infinita, como se viveríamos para sempre. Como se eu viveria até amanhã. O centro da cidade vai se esvaindo ao passo que escurece. As árvores ficam com um terrível aspecto semimorto. A vida fica semimorta. Ainda no chão, vejo as figuras noturnas. Vejo a brutalidade da realidade. Vejo pessoas se encaminhando para a Igreja, para a Sinagoga, para os templos. Mas para quê? Que certeza se tem de que há algo depois? Nenhuma. Há pessoas dedicando toda a vida buscando fictícias recompensas eternas. Pessoas como essas. Pessoas que se privam em nome da vida eterna, esquecendo de viver esta, que é a única que elas têm certeza de haver. E se não forem salvos? E se o deus que escolheram ter sido o errado? E se em vez de Jeová, o deus certo é o Ala? Essas pessoas não serão salvas? Por motivos como estes, prefiro me abster de opinião religiosa. Prefiro continuar a apenas observar estas pessoas se dirigindo, embaixo de guarda-chuvas, para os seus lugares sagrados. Enquanto cada gota de chuva me tira uma gota de vida. Há essa hora, meu celular deve estar estragado com tanta água que já passou por ele. Já tenho a certeza de que ninguém me ligará. Que ninguém me acordará do meu doce sonho. De que meu corpo só será reconhecido na manhã seguinte.

domingo, 15 de agosto de 2010

O Mundo Pára.

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O mundo pára. Você olha para lado esperando encontrar um rosto conhecido. Respiração ofegante, tua face lateja. Tu se desesperas. Agarra-te em tudo que acreditas. Corres para o infinito. Mas o infinito é perto de mais para você. Você quer sentir que é capaz de tudo fazer. Mas cai de cara no chão. Continuas a correr, mas incrivelmente não te cansas. Tropeça. Cai. Levanta. Tudo em vão. O mundo é um vão para você fingir o que é a vida. Os céus despencam em tua cabeça. Mas não chove. Não queres chuva. Venta. Avistas o relâmpago. Em seguida ouves o trovão. Tudo é perfeito de mais para você, pois dissestes que iria acontecer. Agora eles acreditariam em ti. No cume da última montanha terrestre há um casebre. Um casebre medíocre. É para lá que tu vais. É para lá que tens que ir. É lá que o teu futuro te espera. Corre. Sua. Não cansas. Bates na porta. Uma rouca voz te manda entrar. O teu futuro chegou. Entra. A porta se mantém entreaberta. Lá dentro, um senhor. Ele te diz para mostrar sua fé. Cais ao chão, com tudo o que acreditas em mãos. Estás morto.

domingo, 1 de agosto de 2010

Qual será a sua próxima mentira?

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                Quantas vezes o que jurou ser impossível já não se tornou a coisa mais óbvia que já se viu? Quantas vezes aquilo que tanto acreditava não passava de uma mentira, como o Velho do Saco ou o Papai Noel? Nossos pais nos dizem que é feio mentir, mas quantas “putas” mentiras eles já não nos contaram?
                Desde que nascemos somos envoltos em mentiras, crescemos com elas. A personalidade que temos é graças a elas. Quantas mentiras já não dissemos a nós mesmos? Depois daquela incrível decepção amorosa, tu já não te disseste “nunca mais vou me apaixonar!” ou seus derivados, mas você acredita na pessoa e vai lá e toma mais uma patada da vida.
Mentiras ambulantes.
                O mundo é controlado pelas mentiras. Eu muito bem poderia estar mentindo para você, aqui, agora. Sim, manipulação é uma forma de mentira. A nossa adorável televisão é a prova viva disto. Ou onde já se viu uma prostituta levando vida boa na Itália?
                Muitas pessoas mentem sobre quem elas são. Creio que devam ter vergonha de si mesmas. Elas não passam de umas enormes mentiras ambulantes. Nem elas acreditam nelas mesmas. O mundo é composto por mentiras ambulantes, é governado por mentiras ambulantes, talvez você seja uma mentira ambulante.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lucy in the Sky with Diamonds.

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Lucy in the Sky with Diamonds
Imagine-se consigo mesmo em um barco em um rio com árvores de tangerina e céus de marmelada. Alguém te chama, você responde muito lentamente, uma garota com olhos de caleidoscópio. Flores de celofane amarelas e verdes elevadas sobre a sua cabeça. Procure pela garota com o sol em seus olhos, e ela se foi. Lucy no céu com diamantes. Siga-a abaixo em uma ponte através de uma fonte, onde pessoas de balanço de cavalinho comem tortas de marshmallow. Todos sorriem enquanto você é levado através das flores que crescem tão inacreditavelmente alto. Táxis de jornal aparecem à margem do rio esperando pra te levar. Suba na traseira com sua cabeça nas nuvens. E você se foi. Imagine você
The Beatles.
mesmo em um trem numa estação com porteiros de massa-de-modelar com gravatas de espelho, de repente alguém está lá na catraca, a garota com olhos de caleidoscópio.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Odeio os Indiferentes.

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Os Indiferentes
Antonio Gramsci
11 de Fevereiro de 1917
Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.
A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar.
A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso.
Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis.
Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.
A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.
Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.
Primeira Edição: La Città Futura, 11-2-1917
Origem da presente Transcrição: Texto retirado do livro Convite à Leitura de Gramsci"
Tradução: Pedro Celso Uchôa Cavalcanti.
Transcrição de: Alexandre Linares para o Marxists Internet Archive
HTML de: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: Marxists Internet Archive (marxists.org), 2005. A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Rede Globo de Manipulação – Rafael Mascarenhas

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                Acredito que todos já saibam do ocorrido, a morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, atropelado por um carro que fazia racha em um lugar proibido. A nossa prezada rede aberta de televisão NÃO MENCIONA em momento algum, que o que Rafael fazia, também era um ato ilegal. Agora se perguntem se fosse um negro da favela, filho de alguém que nem sabe quem é o pai, fosse morto assim, haveria esta maciça repercussão? A polícia estaria em xeque como agora está? #reflita.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

E aí já se decidiu?

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                Quando crianças nos perguntavam “o que quer ser quando crescer?” e nós ingenuamente respondíamos: - Bailarina. – Médico. – Professora. – Astronauta. – Cientista. Formo-me daqui a cinco meses, tenho uma maratona de vestibular, Peies e Enem pela frente, e agora esta inocente pergunta assume aspectos berrantes e ainda é acompanhada de outras tantas perguntas, “já sabe o que fazer ano que vem?” – “tu pretende trabalhar com o que fazendo isto?” – “por quê?”... Sem contar a cara de espanto deles quando dizemos as nossas futuras profissões como: - Astrofísica. – Neurologista. – Psicóloga criminal.
                Julho do terceiro ano do Ensino Médio, eu vos apresento a pior coisa que inventaram no mundo, a completa indecisão profissional. Normalmente as pessoas vão por eliminação nas escolhas, então me deixe ver. Sempre me ferrei em Artes, artes plásticas é o que eu não vou fazer. Educação física nunca foi o meu forte. Nunca dancei muito bem. Não sei tocar nenhum instrumento. Nunca me vi trabalhando em um escritório, ou sendo vendedora. Bem, acho que as coisas param por aí. Vou começar listando as minhas ‘habilidades’: sempre tive facilidade para aprender, principalmente línguas, normalmente gabarito as provas de interpretação de texto, tal como as de química, física e matemática, normalmente tiro a nota máxima em meus textos, e amei genética e gabaritei a sua respectiva prova.
                Se eu for pelo o que os outros dizem, também não saio muito do lugar. Alguns dizem que devo investir na minha carreira de física que terei um futuro brilhante, outros já para eu virar escritora. Minha colega diz que eu seria uma ótima psicóloga e filósofa. Eu tenho me interessado por medicina. Não pensem que nunca pensei no que exercer profissionalmente, bem, já quis ser jornalista, advogada, paleoclimatologista e, por último, astrofísica.
                Ultimamente, tenho pesquisado sobre os diversos tipos de temperamentos humanos. Bem, eu sou melancólica e fleumática, porém bem mais melancólica e fleumática. O que no caso não me ajuda muito, pois continuo empacada.
“(...) Geralmente, nenhum outro temperamento tem quociente de inteligência superior, criatividade ou imaginação como os indivíduos melancólicos, e ninguém é mais perfeccionista. A maioria dos grandes compositores, artistas, músicos, inventores, filósofos, teóricos, teólogos, cientistas e educadores dedicados são melancólicos. 
Nomeie um artista famoso, compositor ou líder de orquestra, e você terá identificado outro gênio e, com freqüência, um melancólico excêntrico. Considere Rembrandt, Van Gogh, Beethoven, Mozart, Wagner e uma hoste de outros. Quanto maior for o grau de gênio, maior será a predominância do temperamento melancólico. 
Qualquer profissão que requeira perfeição, auto-sacrifício e criatividade será uma boa opção aos melancólicos. Entretanto, tendem a impor limitações ao seu potencial subestimando-se e criando obstáculos exagerados. Qualquer vocação humanitária atrairá indivíduos melancólicos ao grupo de trabalho. Embora existam exceções, quase todos os médicos são predominantemente do tipo melancólico, ou melancólico secundário. O que é natural, pois um médico precisa ser perfeccionista, um especialista. Assim como todo verdadeiro músico e também engenheiros, cientistas e bombeiros. (...)”
Aposto que esse final de semana mais uma pessoa irá vir me perguntar se eu já sei o que fazer ano que vem, e a resposta será “grande”.

Amigos, sons e por o título antes do texto.

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                Feliz dia do amigo, amigo. Amizade. Ironicamente hoje, eu vi a minha melhor amiga de quando eu ia na 3ª série, ela não me reconheceu. Creio que tenha sido uma amizade verdadeira. Enquanto isso, um momento depois eu encontro uma amiga minha e ela fica olhando para mim rindo, e depois de uns 3 minutos a reconheci. E um pouco antes deste momento, encontrei, por acaso, no supermercado da cidade, meu ex-namorado, o qual eu adoraria ter continuado uma amizade, mas foi impossível. Por fim, umas das minhas melhores amigas até uma semana atrás, que ela simplesmente parou de falar comigo, porque, diabos, não sei, nem para me dizer “oi” né. Mas ao contrário disto, sei que tenho amigos de verdade, e que posso confiar em todo momento. Por falar em amigos, sabe quando um amigo teu valoriza demais a amizade e tu simplesmente ama ele? Pois bem, hoje finalmente desisti de um cara assim, e sinto que fiz a melhor coisa que eu podia ter feito no dia.
                E agora eu faço uma campanha “quero um namorado para o inverno”, e que de preferência tenha carro né. E que curta um bom e velho rock n’ roll. Bem, pelo menos não ouça música de corno. Porque nem todas as pessoas no mundo são cornas. Mas eu ainda penso, o que levou uma pessoa à compor algo como “crééééééu” ou “ ela sai de saia...” ou pior ainda “sou cachorra, sou gatinha...” e o que mais me racha é que as pessoas se orgulham de dizer que ouvem isto. Poderiam dizer que se orgulham de ouvir Beatles. De ouvir The Who. Ou então até de música gaúcha. Mas não. Eles se orgulham de ouvir funk, música de corno e Lady Gaga. Só estando muito gagá mesmo para gostar disso (trocadilho fail). Como diz minha mãe cresçam, ouçam e apareçam.
                Hoje pude notar que tenho uma mania um tanto quanto estranha, eu coloco o título antes do texto. Não sei porque, talvez porque assim eu não possa me desviar muito do assunto, ou sei lá. Mas eu tenho esta mania. 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Minha divagação sobre religião.

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                Não acredito em Deus. Não acredito em Jesus. Não acredito em Maomé. Não acredito em Ala. Não acredito em Zeus. Não acredito em Ganesha, Brahma ou Shiva. Isso me faz atéia? Obviamente que não. Não é porque eu não acredito em nenhum deus personificado que sou ateia. Já disseram que me falta fé. Pelo menos não aceito tudo de olhos vendados, pois não sou obrigada a aceitar isto. Por falar nisso, não é nada fácil agüentar pessoas tentando te converter a todo o momento a torto e a direito. Ainda mais em Panambi, a cidade com o maior número de Igrejas por m²  do Brasil, se não me engano.
                Algo coisa que nunca entendi, é porque o Brasil, como um Estado laico, possui feriados religiosos? Não deveria haver feriados religiosos, pois um ateu não é obrigado a comemorar a Sexta-Feira Santa ou dar presentes no Natal, da mesma for que não necessitamos comemorar o Ano Novo Chinês. Outra, é que nunca entendi também é que porque nas escolas públicas de um Estado LAICO se ensina CRISTIANISMO para as crianças? Onde está o direito de se manter ateias? Agora estas crianças possuem o direito de serem muçulmanas, mas na escola PÚBLICA são obrigadas a freqüentarem aulas de Ensino Religioso, onde se ensina estritamente o cristianismo!
                Só para começar, não sou ateia, o que não me faz cristão também. Tenho um enorme pavor daqueles que possuem a Síndrome DMRÉM (Da Minha Religião É Melhor), não há religião melhor ou pior, onde me consta, todas estão erradas e ao mesmo tempo certas. É uma das coisas mais relativas que já vi na vida.
                Acredito no que Jesus disse, mas não no que os homens dizem sobre ele. Acredito na parte de “amar uns aos outros como se fosse a nós mesmos”. Se eu fosse me enquadrar em uma religião, me enquadraria no pandeísmo, mas não seria totalmente adepta à ele, porque não consigo me imaginar completamente adepta a nada. Acredito que uma força maior criou o Universo, e que deveríamos considerar a natureza um deus, pois dela extraímos absolutamente tudo o que usufruímos.
                Não acredito em um deus cristão, ou algo do tipo, não sinto necessidade de acreditar nisso. Aliás, desprezo o método de salvação empregado por este deus. Se eu fosse ele, eu não diria que salvaria somente as pessoas que me louvassem em todo tempo, e somente as que cressem em minha pessoa. Eu as daria um livre arbitro invejável. Eu diria às elas que elas poderiam fazer o que quisessem desde que não interferissem na vida alheia, aliás poderiam interferir, mas positivamente. Não seria necessário crer em mim, era só preciso fazer o bem as outras pessoas, porém com uma condição: sem buscar recompensa eterna. Assim elas viveriam para o hoje, e não para o amanhã, como muitas vivem.
                Como disse é uma divagação, não pretendia chegar a lugar nenhum com isso, então FIM.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O seu maior orgulho.

2 comentários:
                Sempre senti grande interesse pelas coisas oriundas da época da Ditadura Militar no Brasil. As músicas principalmente. As músicas de revolução. Ah, como eu dera viver naquela época, ah como eu dera. Sentir o movimento hippie se levantar, e outrora cair. Participar de revoltas e barricadas. Sentir na pele o que é pagar pelos seus ideais, defender meus ideais até a minha morte e morrer pelos meus ideais.
                Digo, às vezes, que só poderei morrer depois que eu fizer uma barricada. E que não há nada mais lindo do que ser presa e torturada por acreditar em algo. Eu teria orgulho de dizer que “Quase morri porque sou comunista” ou que “quase morri porque acreditei em um mundo melhor”. Mundos melhores são possíveis desde que acreditemos que eles sejam.
                Agora penso, esta geração pode se orgulhar de tantas coisas. Esta geração fez tantas coisas. E agora o que nós iremos fazer? Embora muitos nem pensem nisso, mas a nossa geração tem que deixar algum legado neste mundo, e o que vai ser? Músicas que só possuem apelação sexual. Ok, há músicas bem boas que falam sobre sexo, porém é muito mais do que:
“Ela sai de saia, de bicicletinha uma mão vai no guidão e outra tapando a calcinha.”
WTH?! Chamam isso de música?! Ok, calma. Outro dia faço um post sobre músicas sem qualidade alguma. Focalizando. Eu quero músicas com fundamento. Eu quero revoltas populares. Eu quero Fórum Social Mundial. Eu quero barricadas nas ruas. Eu quero pichações provocativas. Eu quero anarquismo. Eu quero todas as coisas que realmente valham a pena serem feitas. Eu quero um mundo melhor.

domingo, 11 de julho de 2010

Big Brother da vida real.

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Ironicamente, a música “tema” do BBB é Vida Real, da banda RPM, aquela mesma:
“Se pudesse escolher
Entre o bem e o mal,
Ser ou não ser.
Se querer é poder
Tem que ir até o final
Se quiser vencer.”
Afinal, qual é o futuro de se fazer um post sobre o BBB nesta época do ano? Talvez alguém se pergunte isso, porém é isso que vemos na TV, um Big Brother, não com participantes ignorantes, mas com programas que não acrescentam absolutamente nada à você, telespectadores que ignoram as suas respectivas capacidades mentais e discernitivas e com um conteúdo quase totalmente apelativo.
O BBB acabou, nos vemos deparados com a Copa do Mundo de Futebol. É Copa aqui, vuvuzelas ali, minha home no twiter é só praticamente isso. Nem no banheiro nos salvamos. Hoje acabou a Copa do Mundo, com a Espanha vencedora, o assunto da vez agora é o Polvo Paul profeta. Primeiro, quem foi a pessoa extremamente sem nada para fazer que foi lá e colocou as fichas e pensou que o polvo tivesse dons sobrenaturais? O próximo reality show da vida real será o Caso Bruno. Ok, certo que é algo horrível e injustificável o que ele fez, mas imaginem quantas pessoas não fizeram o mesmo e não houve a mínima repercussão. E qual será o próximo?
Enquanto a TV aberta do nosso tão estimado país faz ocupar nossas mentes com isso, o Senado aprovou uma lei que “fode” completamente a Amazônia. E onde você estava quando isso aconteceu? Olhando uma bela partida da Copa do Mundo.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A História das Coisas

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O que o futuro lhe trará?

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                Obviamente já deve ter te deparado com esta questão. Bem esse não é um blog de vidência e muito menos de ocultismo, não irei ler a palma da sua mão, e nem interpretar os teus sonhos. Não irei te aplicar um teste, apenas pretendo te mostrar qual será o teu futuro.
                 Sempre me disseram que tudo o que fazemos nos retorna em dobro, creio que muitas vezes isso se concretize. Chegou a hora de refletirmos, tudo o que fazemos realmente queremos que nos retorne em dobro? Aposto que muitas vezes nem queremos que nos retornem, então simplesmente, não iremos fazer para os outros o que não queremos que nos aconteça.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Preocupações?

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Quais são as suas preocupações de hoje? Que roupa vestir? Fazer, ou não, chapinha? A meia combina com o brinco? Simplesmente fúteis preocupações. Você se importa qual é a nova ‘grande’ música de sucesso daquele famoso cantor pop? A cor do esmalte da hora? O tênis para pessoas daltônicas que todos fazem questão de usar, mesmo sabendo que é horrível? Sinceramente, se você tem isso de preocupações, sinto lhe informar que você está desatualizado, sim, desatualizado, mesmo se saber qual é a música do momento, ou o esmalte, ou o horrível tênis que todos usam, você está desatualizado.
• Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças.
• Todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem cinco anos.
• Um bilhão e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de um dólar por dia.
• Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
Se preocupe com isso, que provavelmente você ganhará mais do que se importando com a roupa da moda. Afinal de contas, poderia ser você numa situação destas, e o que você acharia das pessoas que simplesmente compram para satisfazer o modismo? Creio que eles aceitariam rindo todo esse dinheiro posto no lixo. Até porque, 99% de tudo o que compramos vira lixo dentro de 6 meses.